Do retrô ao moderno
Como tudo começou
A história não deixa bem claro como se deu a criação do cinema, mas tudo indica que foi em meados de 1895. Foi neste ano que aconteceu a apresentação de L’Arrivée d’un train à La Ciotat, o primeiro filme de curta duração feito, realizado no Salão Grand café em Paris. Para ser mais exato, foi no dia 28 de dezembro de 1895, que os irmãos Lumière entraram para história com seu produto que futuramente ficou conhecido como Cinematógrafo.
Essa apresentação na época foi um evento inusitado e causou comoção em vários presentes no local. Esse acontecimento foi se expandindo rapidamente em uma nova forma de arte, que foi ganhando cada vez mais popularidade e notoriedade, tornando essa indústria multibilionária e ganhando o título de sétima arte.
Acompanhe o que disse o cineasta e técnico em audiovisual da Universidade Federal do Pampa Ricardo Cardoso Linhares, sobre a história do cinema:
O cinema se baseia em projeções públicas de imagens com animações. Essa categoria de arte nasceu de várias inovações tecnológicas, que vão desde usar uma fotografia adequadamente até as primeiras imagens em movimento. Antes de a Primeira Guerra Mundial a Itália e a França eram as grandes produtoras de filmes da época, posteriormente a indústria europeia ficou devastada pela Guerra, com isso os EUA começaram a se destacar, e tomar para si esse título de maior produtor cinematográfico do mundo, fazendo a importação de seus produtos ao redor do globo e levando sua cultura para outros lugares, que acabaram por aderir à cultura americana e fixá-la em seu dia-a-dia.
Ouça resumidamente o que é cinema:
Com os avanços tecnológicos que o cinema tem passado, os filmes deixaram de ser mudos e passaram a ser falados, esse foi um grande salto na história cinematográfica, com isso, consumo passou a ser mais diversificado dando espaço a grandes musicais e algumas comédia, junto com eles também apareceram as comédias musicais, que, todavia, são muito consumidos e aceitos pelo grande público. Assim como os filmes de heróis que tem ganhado mais espaço nos últimos anos com seus orçamentos exorbitantes e seus efeitos visuais de ponta.
Segundo o cineasta e técnico em audiovisual da Universidade Federal do Pampa, Ricardo Cardoso Linhares, todo filme é arte, pois, em pesquisas que foram feitas para sua especialização, é dito, que todo filme tem sua beleza, suas técnicas e seu público. O conceito correto é, que não se pode associar a todo filme a categoria de ‘obra-prima de arte’, pois, para se enquadrar a isso, ele precisa passar por um processo de avaliação.
Alguns pesquisadores afirmam que para um filme ser de arte, é necessário que passe por uma instituição especializada, isto é, um cinema de arte e museus de arte, para poder ter essa validação. Mas não é o local que o produto é exibido que irá separá-los, mas sim o conteúdo, forma estética que foi feito, pensado, produzido e o público que irá assimilar toda afluição fílmica. Entretanto, há outros pesquisadores que defendem a ideia de que se existir uma pessoa assistindo seu produto já é o suficiente para considerar uma obra de arte, tendo passado ou não por essas instituições. Inclusive filmes que são ‘obras-primas de arte’ também passam em salas comerciais.
Para o técnico é muito válido o uso do produto cinematográfico como ferramenta pedagógica, facilitando o processo de ensino e aprendizagem. Em uma instituição como a Unipampa, temos o projeto Sessão Pipoquinha, onde é visto como os alunos se identificam com o projeto, gerando discussões saudáveis sobre o produto midiático trabalhado, e criando também, público para aquele produto, que mesmo sendo de alta qualidade, não tem uma divulgação adequada para seguir em frente.
Acompanhe os critérios de seleção de filmes:
Fontes de pesquisa: https://www.todamateria.com.br/historia-do-cinema/, Técnico especialista em cinema e linguagem audiovisual Ricardo Cardoso Linhares.
